Entrevista com João Guirau e Laura Gurgel

Conversamos com o João Guirau e a Laura Gurgel, organizadores do do Encontro Coworking Brasil, uma das principais conferências de coworking na América Latina. Nessa entrevista, eles compartilham ideias sobre o desenvolvimento do coworking no Brasil até os modos como a conferência se adaptou às realidades mutáveis da cena local.

O que “coworking” significa para você?

Laura: Acima de tudo coworking é colaboração. Criar um ambiente onde o compartilhamento de ideias seja o catalizador para todos crescerem juntos co-criando e favorecendo o desenvolvimento da comunidade.

João: Coworking é liberdade de ir e vir. É liberdade de pensamentos e troca de ideias. Quanto mais melhor e mais rico para todos os envolvidos.

Você acha que tem algo que une a cena de coworking no Brasil ou o mercado varia muito dependendo do estado?

João Guirau

Existe um ponto em comum que é a interação e receptividade do brasileiro, não importa onde esteja. O que muda de espaço para espaço é vocação, o perfil do estado provoca uma deliberada condução de empresas e pessoas, o jeito como os coworkers interagem com cada espaço muda. Por exemplo, em São Paulo, temos um perfil de startups muito maiores, assim como a demanda por salas privativas. Mas sempre com uma comunidade muito ativa.

O que faz a comunidade do coworking ser especial no seu país? Quais são os desafios de operar um espaço de coworking no Brasil?

Por estarmos num país muito grande, o que mais torna essa comunidade especial é a própria diferença de culturas. De norte a sul são diferentes aprendizagens, mas com um único propósito: Crescer, melhorar e se desenvolver de forma conjunta.

empecilhos para rodar um coworking são vários. O mercado é relativamente novo no mundo todo, porém mesmo que tenha chego aqui no Brasil em 2008, levou mais de 5 anos para se espalhar, e só com a chegada dos grande players em 2017 é que o tema e o estilo de trabalho entrou em pauta.

Não apenas as pessoas começaram a trabalhar dentro desses espaços, mas o Estado começou a pensar em formas para regular esse mercado. Por um lado positivo, por questões de segurança e credibilidade junto ao público (coworking se torna um revitalizador para as cidades) por outro, negativo, o aumento da burocracia, custos com adequações de às exigências criadas que vai contra a filosofia do coworking tornando as coisas mais complexas e mais caras.

Você tem uma história favorita de uma experiência relacionada a coworking que você gostaria de compartilhar?

Laura: A melhor experiência é sempre se renovar e poder visualizar as coisas por diferentes prismas, diferentes pontos de vista. Além disso, é um aprendizado constantes para nos tornarmos pessoas e gestores melhores.

João: Coworking trouxe mobilidade e flexibilidade, tanto para as pessoas como para as empresas. Hoje é muito mais fácil crescer ou diminuir de tamanho, sem grande custos ou perdas. Uma vantagem em tempos de crises.

Uma experiência em comum para os dois foi organizar o encontro nacional. Cada ano uma experiência completamente diferente. Pressão por todos os lados nos fazem reinventar o modelo a cada ano, e o constante crescimento do mercado sempre atrai novos rostos. É muito gratificante poder passar um pouco do que aprendemos e melhor ainda aprender com que está chegando com gás total. É um ótimo termômetro do mercado, cada ano uma fotografia diferente do que está acontecendo e o que está por vir é feita.

Qual é o melhor projeto ou iniciativa de coworking no Brasil e que te inspirou recentemente?

Temos alguns para a lista. Nex coworking de curitiba, Eureka Coworking com sua comunidade em São Paulo e se formos pensar em pessoas, temos o Walker Massa (Ex Nós Coworking e Atual UFO) e o Matias Vazquez (Sharing EC) que já tem mais de 10 anos de mercado tem conseguido se reinventar.

Conte mais sobre o Encontro Coworking Brasil e como ele se compara a outras conferencias no resto do mundo?

João: Para mim foram experiência completamente diferentes, aqui no brasil sempre participei da organização e muitas vezes acabo não acompanhando todos os painéis o que é uma pena, pois procuramos sempre trazer um conteúdo muito rico para inspirar todos que vem. Com relação às duas oportunidades que tive de ir até a Coworking Europe, fui impactado com conteúdos incríveis e pude perceber que não há barreiras quando falamos de coworking. Minha primeira impressão foi que nós brasileiros somos claramente Europeus, tanto pelo tamanho dos espaços e estilos de mercados, mas sonhamos em ser Norte Americanos com espaços gigantes.

Um ponto comum entre as duas oportunidades tanto do ECW como da CWEU é a troca que podemos fazer com quem está presente. Em todos os cenários fiz amizades que parcerias que seguirão por muitos anos.

Quais são os planos para o futuro do Encontro Coworking Brasil?

Transformar a comunidade em a “mãe” das comunidades brasileiras. Fazer com que a troca que se iniciou entre os participantes chegue a cada espaço do país. Dar voz não só internamente, mas perante ao Estado num formato novo de associação horizontal e replicar esse modelo de diversas formas com encontros regionais e conteúdos on line. Se tornar um norte, uma referência, uma rede de apoio para os founders.

Quais são os seus espaços de coworking favoritos no Brasil, tirando o seu?

Laura: Co.w | Juntus | Plug
João: Plexi Coworking | Osmose Coworking | Oficina Coworking


João Marcos Guirau — Cofounder Blocktime Coworking em 2014.
Arquiteto e Urbanista.

Laura Gurgel — Fundadora Clube de Negócio em 2014 . Internacionalista, técnica em gestão de negócios e inovação e especializada em business changemaking.


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